O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação agrícola (Sindag) deve, entre outras ações, manifestar aos presidentes da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e da Comissão de Agricultura da casa sua indignação contra o Projeto de Lei 263/2014, que pretende proibir a aviação agrícola no Estado. A iniciativa, do deputado estadual Edegar Pretto (PT), foi protocolada nesta segunda-feira (dia 1º) e se baseia em argumentos considerados, no mínimo, inconsistentes pelo setor.
Em sua justificativa, o parlamentar (que integra a Comissão de Agricultura da Assembleia gaúcha) diz, por exemplo, que de acordo com estudos (ele não diz quais), apenas 70% dos produtos aplicados pela aviação chegariam às plantas. O resto, segundo ele, acabaria indo para propriedades vizinhas, escolas e até hospi
“São argumentos descabidos”, reage o presidente do Sindag, Nelson Antônio Paim. “Qualquer um com o mínimo de informação sobre agricultura sabe que o produtor jamais contrataria uma aplicação que pusesse fora mais de dois terços dos produtos comprados para garantir a sanidade da lavoura. Mais descabido ainda é dizer que a pulverização aérea no Estado estaria atingindo, entre outros, escolas, hospitais ou mesmo mananciais que abastecem cidades”, completou.
Paim lembrou que a aviação é a única forma de aplicação de defensivos realmente regulamentada, além de fiscalizada em várias esferas governamentais. “Em diversos casos, a rapidez e precisão do avião é determinante para diminuição da necessidade de produtos nas lavouras”, ponderou. “Ou seja, o projeto ataca justamente a ferramenta mais importante para a própria segurança ambiental.”
Além de já possuir o pessoal mais qualificado e alta tecnologia embarcada, o presidente ressaltou que o setor aeroagrícola brasileiro tem se aprimorando cada vez mais. Isso se referindo à parceria com a Embrapa (que está gerando a maior pesquisa já feita no País sobre tecnologias e segurança em aplicação de defensivos) e ao programa Certificação Aeroagrícola Sustentável (CAS), realizado por três universidades brasileiras e apoiado pela entidade.
O Brasil tem a segunda maior frota mundial de aviões agrícolas, com mais de 1,9 mil aparelhos. E o Rio Grande do Sul tem a segunda maior frota nacional, com mais de 400 aviões, reunindo também 44% das empresas existentes no setor. Além disso, foi no Rio Grande do Sul que nasceu a aviação agrícola brasileira, há 67 anos. Conforme o Sindag, atualmente cerca de 24% das pulverizações em lavouras brasileiras são feitas por aviões
FONTE : SINDAG.
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