18 de Setembro de 2014 08:41
Tecnologia
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) já desenvolvem, em parceria, a mais abrangente pesquisa até hoje realizada no Brasil sobre tecnologia para aplicação aérea de defensivos. O estudo avalia os tipos de químicos e suas técnicas para buscar o modelo mais eficaz no combate às pragas, utilizando menos produtos e gerando menor risco para o meio ambiente.
A pesquisa em campo começou no final de 2013, com um experimento pioneiro no setor de aplicação de defensivo biológico no combate à cigarrinha-da-raiz em uma lavoura de cana no município de Conceição das Alagoas, estado de Minas Gerais. Outros testes ocorrem em São Paulo, para a cultura da laranja, em Goiás (soja), Rio Grande do Sul (arroz) e Paraná (cana-de-açúcar).
O projeto, chamado de “Desenvolvimento da Aplicação Aérea de Agrotóxicos como Estratégia de Controle de Pragas Agrícolas de Interesse Nacional”, terá um investimento total de cerca de R$ 1,5 milhão. A Embrapa fornece pesquisadores e laboratórios, além do planejamento, avaliação estatística e publicação dos resultados científicos. O Sindag garante as aeronaves, equipamentos e pessoal para as pulverizações nas áreas avaliadas.
A pesquisa inclui o uso de bioindicadores, sensores nas lavouras e no perímetro das áreas pulverizadas e até o uso de aeronaves não tripuladas para monitorar as aplicações. Além dos estudos sobre produtos para lavoura, os trabalhos abrangem também a pesquisa sobre controle da deriva (quando a nuvem de defensivos "vaza" para fora da faixa de aplicação).
“As pesquisas vão primeiro avaliar como as aplicações estão sendo feitas hoje. Para depois se avaliar o que pode ser melhorado e aí então experimentarmos coisas novas. A intenção é repassar imediatamente ao mercado as correções e as melhorias que forem conseguidas durante os estudos”, afirma o conselheiro do Sindag Júlio Kämpf.