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Última atualização em 15 de Julho de 2012 11:55 Postado por Eduardo Araújo 15 de Julho de 2012 10:37
Moradores residentes no condado de Miami-Dade, na Flórida, Estados Unidos, devem ter visto algo não muito comum nos últimos dias : uma aeronave militar, de grande porte (um C-130 Hércules) voando a baixa altura à tardinha, pulverizando parte da área para controle de mosquitos. Por solicitação das autoridades locais, o 757° Esquadrão Aéreo tem conduzido operações aéreas de combate a mosquitos. O 757° esquadrão é uma unidade da reserva da Força Aérea baseada em Youngstow-Warren Air Reserve Station.
Os Departamentos de Serviços Públicos e Manejo de Resíduos do condado de Miami-Dade anunciaram previamente, no início da semana, que haviam solicitado a atuação da Força Aérea para conduzir a aplicação aérea para controle dos insetos. A Força Aérea forneceu uma aeronave C-130H2, equipada para pulverizações e o condado forneceu o inseticida. Uma operação similar já havia siido conduzida em julho do ano passado. Este ano, as operações foram realizadas entre os dias 10 a 12 de julho.
As pulverizações foram conduzidas durante as duas horas antes do por do sol estendendo-se até meia hora após o nascer do sol. O inseticida Dibrom (Naled) foi utilizado. Os vôos foram realizados a alturas tão baixas como 45 metros e o avião aplicou sobre as áreas de Homestead Air Reserve Base, Homestead, Redlands, Cidade da Flórida, àreas à leste da rodovia US 1 e áreas a oeste do condado de Miami-Dade.
O 757° esquadrão Aéreo é a única unidade da Força Aérea Americana capaz de realizar missões que requeiram pulverização de produtos químicos. Atuando no controle de insetos, a unidade tem sido também usada na aplicação de dispersantes de óleo, como ocorreu em 2010 no Golfo do México. A missão original do Esquadrão foi, no passado, apoiar operações de combate através da aplicação de produtos químicos.
O Estado da Flórida monitora um certo número de doenças transmitidas por mosquitos no estado. Estas incluem a febre do Nilo, Encefalite Equina, Encefalite de St. Louis, Highland J virus (HJV), Dengue (DENV), Encefalite da California (CEV) e Malária.
Fonte : http://www.examiner.com/article/air-force-called-to-assist-miami-dade-mosquito-control
Comentários de Agronautas:
Enquanto sobram aviões para combater mosquitos nos Estados Unidos, aqui no Brasil sobram os preconceitos.
Poderíamos já estar atuando há muito tempo no controle via aplicação aérea no combate a mosquitos como o transmissor da Dengue e da Malária e só não o fazemos por falta de ação e por preconceito do Ministério da Saúde e setores ligados aos movimentos ambientalistas, bem intencionados porém equivocados. Temos aviões, equipamentos e pessoal qualificado. A própria OMS (Organização Mundial da Saúde) , embora normalmente reticente na recomendação do uso da aplicação espacial de inseticidas, não titubeia ao recomendar a técnica, inclusive com o uso de aviões, sempre que houver uma EPIDEMIA, como forma de baixar drasticamente a população de mosquitos adultos, tansmissores das doenças. Entretanto, no Brasil, várias epidemias de Dengue já ocorreram sem que o método sequer tenha sido estudado.
Ressalte-se, ainda, que as aplicações aéreas de inseticidas destinados à Saúde Pública nos Estados Unidos, têm o aval de todos os órgãos ambientais e de saúde pública, inclusive da rígida EPA (Agência de Proteção Ambiental) daquele país.
Eng.Agr. Eduardo Araujo - Agronautas