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Notícias do Sindag : Entidade de classe busca apoio contra proposta de proibição da aplicação aérea no RS

Políticas

Conforme divulgado em seu portal na internet, representantes do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (SINDAG), da Federação das Associações de Arrozeiros do RS (FEDERARROZ) e da Federação da Agricultura do Estado (FARSUL) tiveram na semana passada uma reunião com o vice-governador do Rio Grande do Sul, José Paulo Dornelles Cairoli. O encontro foi na terça-feira (dia 19) e a discussão foi sobre o Projeto de Lei (PL) 263/2014, que pretende proibir a pulverização aérea no Estado. A reunião teve ainda a presença do secretário Estadual de Agricultura e Pecuária, Ernani Pólo e as entidades foram expor os prejuízos que a medida pode causar ao setor primário gaúcho.

Segundo o conselheiro Júlio Augusto Kämpf, do SINDAG, a proposta de proibir o uso de aviões nas lavouras gaúchas é tida como um contrassenso pela entidade, já que se trata justamente o único meio de pulverização que possui legislação específica, além do mais tecnicamente capacitado. “O Rio Grande do Sul tem o maior número de empresas aeroagrícolas (85) em atividades no País e a segunda maior frota (mais de 400 aeronaves).”

COMITIVA

 

Pelo SINDAG, também participaram do encontro o secretário da entidade, Francisco Dias da Silva, e o conselheiro Nelson Coutinho Peña. A FEDERARROZ foi representada pelo seu presidente, Henrique Osório Dornelles, e pelo diretor-executivo, Anderson Levandowski Belloli, além do consultor Ivo Lessa. Já o assessor Luís Fernando Cavalheiro Pires foi o representante da FARSUL na mesa. O grupo expôs ao vice-governador e ao secretário o quanto a aviação agrícola é importante para garantir a produtividade de lavouras essenciais à economia gaúcha. No caso do arroz, do qual o Estado tem a maior produção nacional, a dependência de pulverizações aéreas é ainda maior. Principalmente porque a produção gaúcha é de lavouras irrigadas, onde é difícil a operação com tratores.

O PL 263/2014 é de autoria do deputado estadual Edegar Pretto (PT), e no início do mês já havia motivado visitas da comitiva aeroagrícola ao secretário Pólo e a parlamentares na Assembléia Legislativa. Para o SINDAG a proposta não só é ilegal (a aviação agrícola é regulamentada por lei federal e fiscalizada pelo Ministério da Agricultura) como é uma falta de bom senso - já que diz pretender combater efeitos colaterais dos defensivos, mas ataca justamente sua ferramenta mais segura e regulamentada de aplicação.

Além disso, o setor aeroagrícola, através do SINDAG, tem investido em ferramentas para aumentar ainda mais sua segurança, como a maior pesquisa até hoje feita no País sobre tecnologias de aplicação (em parceria com a Embrapa) e o primeiro selo de qualidade ambiental do setor (programa Certificação Aeroagrícola Sustentável.

RASTREADORES

 

Os representantes do sindicato aeroagrícola também manifestaram aos membros do Executivo preocupação com a proposta do Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, de instalar rastreadores nos aviões. Também nesse caso o argumento é quanto à incoerência da medida, já que praticamente toda a frota nacional é equipada com DGPSs, que fornecem todo o histórico dos voos, com análises e mapas impressos das aplicações feitas – documento que são anexados aos relatórios obrigatoriamente feitos por cada empresa.

Além disso, o setor se ressente de já ser o único com regulamentação específica (que obriga, por exemplo, a existência de um pátio de descontaminação onde as aeronaves são lavadas e eventuais resíduos vão para um sistema de tratamento), ter o quadro mais qualificado (além dos pilotos com formação específica, necessita de técnicos e engenheiros agrônomos com especialização), estar investindo em ações próprias de qualificação e controle e ainda assim ser o único a estar no foco de medidas restritivas ou de aumento de controle (e, consequentemente, despesas para os operadores). Isso apesar da aviação ser responsável por apenas entre 15% e 20% das aplicações de produtos fitossanitários feitas no País.

O Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos é formado por representantes dos Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MP/RS), além de membros do IBAMA, Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM), SEAPA, ANAC e Ministério da Agricultura (MAPA).

FONTE : SINDAG

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Confira matéria anterior sobre os "rastreadores"