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Proposta de proibição à aplicação aérea em Goiás é discutida em reunião na FAEG

Legislação

     O Projeto de Lei (estadual) de autoria do deputado  Mauro Rubem (PT) que propõe a proibição da aplicação aérea de agrotóxicos em Goiás foi objeto de discussão em reunião realizada no último dia 11 em Goiânia, convocada e coordenada pelo  presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) José Mário Schreiner.  Também participaram do debate, o vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Ruy Alberto Textor; Gerente de Estudos Técnicos e Econômicos da Faeg, Edson Novaes; vice-presidente administrativo Eurípedes Bassamurfo; vice-presidente institucional, Bartolomeu Braz e o consultor técnico do Sistema Faeg/Senar para a área de cereais, fibras e oleaginosas, Cristiano Palavro, além de cerca de 20 representantes de empresas aeroagrícolas.

     A iniciativa foi daquela federação goiana que apresentou para discussão um parecer técnico e jurídico elaborado pela entidade. O parecer conclui pela viabilidade e segurança da aplicação aérea, técnica que vem sendo utilizada há mais de 6 décadas. Conclui também que os argumentos apresentados no projeto de autoria do Deputado Mauro Rubem não condizem com a realidade. Fazendo referência ao recente incidente envolvendo uma aeronave agrícola e uma escola na região de Rio Verde, Goiás, os presentes consideraram o incidente um fato isolado, que não admite generalização. A Faeg entende que a legislação que rege o setor aeroagrícola é satisfatória desde que adequadamente fiscalizada

     “Queremos trabalhar em sincronia de interesses e eu tenho certeza de que a aviação agrícola é fundamental. Eu não poderia tomar decisões isoladas, individuais. Por isso, chamei todos aqui. Esta análise, assim como as decisões a serem tomadas é algo que temos que fazer em conjunto”, afirmou o presidente José Mário.

     Na reunião foram destacados os principais benefícios da tecnologia de aplicação aérea, em especial  a uniformidade, redução nos custos, redução no tempo de aplicação e melhor aproveitamento das condições climáticas.

     Salientaram ainda que os aviões, por não entrarem em contato com a cultura evitam as perdas por "amassamento" bem como não transportam doenças e pragas de um local para outro. Sem falar que, em algumas culturas e situações  a aplicação só é viável por aviões.

     Os técnicos da Faeg Cristiano Palavro e Augusto Cezar Resende, apresentaram um cálculo em que,  numa lavoura de soja com produtividade de 50 sacas por hectare, utilizando a cotação atual do grão (R$55,00), as perdas pela utilização de aplicação terrestre poderiam chegar a R$82,50 por hectare, pela destruição das plantas.Também a aplicação aérea se destaca pela produtividade : Enquanto um avião agrícola cobre uma área de até 1.200 hectares em um dia, um pulverizador terrestre atingiria uma área máxima de 150 hectares diários, em condições favoráveis para ambos. Outro fator importante é que na aplicação terrestre, o uso médio de água é de 100 litros de água por hectare pulverizado, contra os 15 litros por hectare da aplicação aérea, garantindo assim uma maior economia de recursos naturais.

      O parecer da Faeg considera que, sem o devido acompanhamento por profissional da área todos os meios de aplicação de produtos químicos utilizados atualmente apresentam riscos. Por este fato é necessário o cumprimento e fiscalização da legislação vigente sobre a utilização destes produtos, garantindo assim o uso de boas práticas no campo que eliminem os riscos oferecidos pela atividade. E isso não diz respeito apenas ao uso de aviação, mas de toda forma de aplicação.

Anexo : Parecer Técnico e jurídico da Fenag sobre a aplicação aérea
Fonte/ foto: Faeg-Senar/Catherine Moraes / Rádio Eldorado Digital