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Mosquitos são controlados por avião...nos Estados Unidos

Tecnologia

Como é sabido, as aplicações aéreas para controle de mosquitos são rotineiras nos Estados Unidos.

Nesta semana (30 de abril a 4 de maio), por exemplo, estão ocorrendo aplicações aéreas no Condado de Horry (cidade com cerca de 260.000 habitantes, no Estado da Carolina do Sul).

Está programada, para este período, a aplicação de inseticidas "adulticidas", por avião e por equipamentos terrestres  em quatro áreas daquela cidade (Socastee, Little River, Bucksport e Galivants Ferry).

São usados diversos produtos, sendo o principal, nos Estados Unidos, o Naled e, em Horry County, o Malathion. Todos aprovados pela EPA (Agência de Proteção Ambiental).

A novidade, para eles, é o uso de um novo inseticida, o "Zenivex". Trata-se de uma formulação UBV, pronta para uso, do novo princípio ativo Etofenprox. No Brasil, o Etofenprox é comercializado, embora não na formulação UBV, para uso agrícola, com o nome comercial Trebon (EC e SC), pela Sipcam e com o nome Safety pela  Iharabras.   O Etofenprox é considerado um dos piretróides de mais baixa toxicidade para espécies de sangue quente, sendo  porém de alta efetividade contra os mosquitos.

Mais detalhes sobre a aplicação em Horry County podem ser obtidas no site daquela cidade.

Mais detalhes sobre o produto Zenivex podem ser visualizados no site do fabricante


Nota do Editor : Nos Estados Unidos a aplicação aérea de inseticidas para controle de mosquitos adultos é usada como prevenção a doenças, como a Febre do Nilo, mas também, na ausência de doenças, como forma de melhorar a qualidade de vida das populações, quando afetadas por infestação de mosquitos.

A Organização Mundial da Saúde recomenda a aplicação aérea de inseticidas para o controle de insetos adultos nos casos de epidemias de doenças transmitidas por mosquitos, como a Dengue, por exemplo.

No Brasil, embora o Ministério da Saúde através de sua Nota Técnica 75, de 2007 reconheça a validade do método em casos de epidemias, até hoje não lançou mão dele para controlar as graves  epidemias de Dengue que se alastram anualmente em diversos municípios e estados brasileiros, causando internações e mortes. Ao que tudo indica, a resistência se deve a fatores preconceituosos, pressão - infundada - dos setores ambientalistas e desconhecimento de causa, já que inseticidas estão sendo aplicados, por meios terrestres (os "fumacê"), com pouca eficácia devido à limitação natural deste tipo de equipamento (baixo rendimento e dificuldade de cobertura total da área). A referida Nota Técnica, apesar de reconhecer a utilidade da aplicação aérea em casos de epidemia, contém diversas afirmativas equivocadas, todas elas contestadas pelo Sindag - Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola.

Além dos Estados Unidos, vários outros países usam a aplicação aérea para combate a mosquitos - inclusive ao transmissor da Dengue (Aedes aegypti). Entre eles, por exemplo, Cuba e México. Assista a um vídeo sobre aplicação aérea em 2011 na cidade de Merida, capital da província de Yucatan, México

A Aviação Agrícola poderia estar prestando inestimável contribuição à saúde no Brasil, porém está sendo deixada de lado, com enormes prejuízos sociais e econômicos.


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